segunda-feira, 21 de maio de 2012

"A Raia dos Medos II"

                 O título deste post, como devem estar recordados, consubstanciou uma telenovela, cujo conteudo tinha na base a actividade politico-social na era do Estado Novo português, período pos Guerra Civil de Espanha. Uma boa parte da acção desta história, passou pelo concelho de Campo Maior. Período conturbado na vivência diária da vila, dominada pela actividade da polícia política de então, com a conivência de alguns, cujo poderio económico dominava a mão de obra, em que o emprego era uma miragem e os salários de miséria.
                  Hoje, com novas nuances, volvidos que são cerca de 70 anos, em pleno regímene democrático - ou não? - existem sinais, que na raia, os medos, com outros contornos, poderão estar de volta. O poder enebria e leva a actuações indignas, para quem defende, como ponto fulcral do seu estar na vida, a solidariedade. Esta não se apregoa, pratica-se. A solidaridade não se consome em fachadas de criação de pseudo instituições, que alimentam o ego, que proporcionam homenagens e distinções sem qualquer repercursão social. O medo, de estar em causa o posto de trabalho, hoje é visivel e notório na nossa raia.
                  Todos têem memória. O dia que se segue ao outro dia, pode ser diferente, mas existe em cada ser humano uma dignidade inabalável, que ao ser menosprezada, vai indignar. E da indignação à revolta o espaço não é mensurável, porque a dignidade não se compra; respeita-se, valoriza-se, reconhece-se e interiorizou-se no seio da célula fundamental da nossa sociedade, que é a família. Estejamos pois atentos a desenvolvimentos subsequentes.

Nenhum comentário:

Postar um comentário