terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"Merklosy"

                   Sistemáticamente, somos confrontados, os que ainda resistem a lerem ou ouvirem notícias, com mais do mesmo. Debates, conferências, comentários, comentários sobre comentários, cimeiras em que o tema invariávelmente se tornou monocórdico, desolador e de uma demagogia atroz. Sim, todos sabemos que vamos ter de pagar desvarios económico/financeiros de gente sem escrupúlos que governou, na base da moeda única, dizendo que a globalização era a terapia adequada a todas as maleitas. Pelos vistos não era, ou se era foi mal conduzida, com a sobreposição de interesses pessoais, partidários em que a corrupção imperou, na esmagadora maioria dos actos praticados.
                 Mas então, há ou não espaço para uma nova condução de processos para levar de uma vez todos nós, a esmagadora maioria de nós, a ver frutos dos nossos sacrificios? Alemanha, França; que diabo foram os primeiros incumpridores. Não há alternativa a este eixo? Não acredito. Querem refundar a Europa, com as pesssoas que iniciaram o seu descalabro? Basta. Se não houver consenso em torno de um não retundo ao "merklosy", o barco vai ao fundo.
                 Na realidade, também acho que a moeda única, serve os interesses de todos, mas não com Merkel ou Sarkosy. Refundar a Europa, com mais cariz solidário, reformular a Politica Agricola Comum, apoio fundamental ás pequenas e médias empresas, empenhar os grandes grupos econónicos na sua responsabilidade social, dando assim espaço ao crescimento da economia, mas fundamentalmente livrar-nos dos políticos corruptos, livrem-nos dos grandes grupos financeiros/especuladores sem escrupúlos e das suas agências de "ranking". Chega de cimeiras, que mais não são do que encontros de "amigos" e tratem de assuntos sérios, desenhando um futuro em que possamos ter esperança.
                 

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